O meu nome não é Schreiber (e eu escrevi isso antes do filme “O meu nome não é Johnny”). Sempre achei que esse fosse o nome ideal para um escritor (schreiben é escrever em alemão) e, assim, aproveitei a possibilidade de usá-lo como pseudônimo.
Já fui jornaleiro (sim, não confunda com jornalista), gandula (de tênis, pelo menos) e balconista. Mas, se você espera que agora venha aquela parte em que as pessoas se emocionam e acham que eu sou um exemplo de superação, quero deixar bem claro que sou um preguiçoso convicto e um vagabundo incorrigível; começava a entregar jornais depois das oito da manhã e cabulava horário de balcão inventando que o Correio estava lotado. Não obstante, sempre gostei de escrever e acabei, de certa forma, virando jornalista. Gosto de brincar dizendo que sou o Ivan Lessa dos pobres.
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